Do(a)(e)r


Eu sempre me doo por inteira, seja para me doar, seja para me doer. Meu coração sempre vence, coloca a razão para escanteio, logo ela a quem eu deveria colocar muito mais para jogo. E aqui estou eu de novo, me doendo por erros que não são meus, e lidando com as consequências de escolhas alheias, mas que me envolveram dos pés à cabeça. 

Eu sou mesa posta, banquete e conheço bem a delícia de ser quem sou. Mas eu quero mesmo é ser menos permeável, menos atingível. Quero algo que me distraia da dor que também é ser eu, qualquer coisa que me distraia de mim. Quem foi que colocou o mundo no mudo?  Ou são os meus pensamentos que estão fazendo muito barulho? 

Olho para dentro e tenho visto tantas cicatrizes antigas, tanta coisa que eu dava por resolvida, mas que me parecem tão diferentes agora. Eu me sinto a minha própria Pandora. E, apesar das marcas na minha história, por sorte ou valentia, a minha esperança - no amor e na vida - segue sã e salva.

Gabriela Castro

4 comentários:

Gugu Keller disse... Responder

Doar doido, doer doído.
GK

Vih disse... Responder

Como doem as dores do que a gente já passou, né? Parece que, quanto mais o tempo passa, mais elas aprendem a doer certo.
Espero que com o tempo elas também aprendam a parar de doer.

Beijos rimados pra você :*

kemal disse... Responder

bodrum
hakkari
şırnak
bağcılar
tekirdağ
W8DT6M

melis disse... Responder

https://saglamproxy.com
metin2 proxy
proxy satın al
knight online proxy
mobil proxy satın al
DBFE

Deixe um comentário

Bem-Me-Quer, Mal-Me-Quer

^
Segredos de Travesseiro © 2012 | Layout por Kakau com Limão | Ilustração por Desi.