Não foi esse o acordo que fiz comigo. Eu jurava que depois de tudo, eu não ia permitir que qualquer coisa me permeasse a vida com tamanha gana. Eu teria o controle. Eu iria colocar o pé e ir sentindo a temperatura da água mudar lentamente a temperatura do meu corpo, até eu me acostumar. Eu resistiria. Eu ficaria no raso, contemplando a superfície, antes de mergulhar de cabeça e, enfim me fazer fluida, sem saber mais onde o amor começa e onde eu termino. Mas aí não seria eu. Se é pra estar junto, eu honro o sentimento desde o primeiro momento. Eu toco a alma, como se estivesse brindando a este encontro. Eu vivo! Sem medo, sem meias verdades e principalmente, sem mentira alguma.
Eu preciso dar nome às coisas e dar sentido ao que me faz sentir. Eu preciso juntar letra a letra para encontrar a palavra certa que vai dar significância a cada pedaço despedaçado desse coração já tão (a)batido. Qual o nome disso que me tira o ar dos pulmões? E disso que me comprime o estômago e me tira a fome, como quem tira doce de uma criança? Qual é a palavra que diz tudo aquilo que não digo, que nem as noites em claro conseguem clarear? Qual é o termo que se usa para definir uma razão para toda essa angústia, que chega a ser injusta e desonesta, tamanha foi a minha entrega? Qual é a palavra que valida a sua ida e a minha volta pra mim? Eu só sei que tudo em mim diz seu nome.
3 comentários:
Ahh, o tempo e o amor próprio curam tudo =)
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Bem-Me-Quer, Mal-Me-Quer