Ressaca



No fluxo, o medo. No refluxo, o medo de ter medo. A ressaca do meu mar íntimo é toda ansiedade. E eu só queria uma maré de sorte. Que eu, sobretudo, me transponha, pois sou eu o embate das ondas e também a calmaria das profundezas. Sou eu a força da correnteza e também a quietação da torrente. Ora tempestuosa, ora serena, que eu - acima de tudo - me transcenda, pois sou eu o meu quebra-mar.


4 comentários:

Maíra K. disse... Responder

Isso mesmo! Quando a vida nos impõe obstáculos, temos que nos manter firme, ser o quebra-mar e não deixar que a onda nos leve! =)

beijos!

Poeta da Colina disse... Responder

Hora de redesenhar os passos na areia.

Ismália . disse... Responder

Olá Gabriela!
"E eu só queria uma maré de sorte."
As palavras nas suas mãos ficam tão delicadas, tão lindas *-*
Parabéns!

Beijocas!

Ismália .

Ingrid disse... Responder

Tão verdade.

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