Eu quero ser a palavra que não cala; a palavra que grita, que exclama, que não se acostuma com o estado de inanição. Quero ser movimento, calmaria e alento, tudo ao mesmo tempo. Num instante que dure um segundo, que dure uma vida inteira, que dure o tempo necessário para acontecer e amanhecer no coração de alguém. Eu quero me desacostumar de todas as esperas, para dar espaço ao costume de receber o que mereço e quero. E não é pouco. Tem tanta coisa me causando poesia ultimamente, você nem sabe.
Quando eu souber escrever, vou falar sobre tudo aquilo que eu não sei dizer, porque não sei como fazê-lo, porque não sei se posso e, principalmente, não sei se quero. Só posso dizer que, o que eu não digo, é o que eu realmente sou e é o que coloca a minha alma em pleno estado de animação. É o que faz o meu coração bombear essa adrenalina, que percorre todo o meu corpo, sem se esquecer de nenhuma mísera parte. Eu escrevo para me deixar em paz. A palavra é alívio. Escrever é remédio. Poesia é a minha cura. E eu? Eu sou um grito.
“Eu escrevo e assim me livro de mim e posso então descansar”
Clarice Lispector
Paz e Bem!
5 comentários:
E após o grito que tenhamos uma resposta...!
Lindo post.
Visite-me se puder!
É, eu escrevo pra não me deixar enlouquecer dentro de mim mesma.
Adorei,
Bjs.
O dom incrível das palavras! Somos tantas coisas e escrever mostra isso.
Lindo texto!
Paz e Morangos
Paixão por escrever! :)
Adorei a profundidade das palavras. Parabéns!
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Bem-Me-Quer, Mal-Me-Quer