Do alto, todos os dias, eu vejo essa janela emoldurar o ar que tudo preenche, minha preferida. Nela cabe o mundo ali adiante: finito e infinito. A terminação do verde se mistura com o céu azulzinho, azulzinho que se rasga pela água que percorre o seu caminho, desenfreada. O ruído da água caindo pelas pedras, indo do nível mais alto ao mais baixo, me soa como música. Essa janela é tão minha amiga, que nem sabe. Já me fez companhia quando eu precisava apenas de mim mesma. Trouxe-me tantas vezes o vento pra acariciar meu rosto, que ora secava minhas lágrimas, ora me refrescava as idéias. E também me apresenta o sol - quando este vem - como se não fôssemos velhos conhecidos. Eu queria levá-la pra casa, se com ela viesse tudo enquadrado e com alma bem viva e definida, mas não, ela está exatamente onde deve estar. Prefiro visitá-la para conservar esse poder que ela tem de me extasiar todos os dias.
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A paz que eu preciso cabe em uma janela.
'Insondável é a grandeza de Deus'
Salmo 144
Paz e Bem!
3 comentários:
O legal da janela, é que ela por mais que fique imóvel, permite-nos a locomoção para contemplarmos o que está além dela do ângulo que preferirmos.
E aí, já experimentou olhar a paisagem lá fora tendo um caleidoscópio como lente?
Experimente ;-)
Gabriela de Castro Alves, estou inspirada. Estou com flores na cabeça, percebeu né?!
hahahaha
Lembrei daquela blusinha LINDA de flores que você tem, aquela que tirei uma foto junto =D
Eu tenho uns momentos de inspiração aleatórios e você os tem todos os dias.
O mais legal de ler esses textos subjetivos é que só quem escreve sabe que de repente o sol é, para o autor, como um amor perdido ou uma casa de praia ou um templo em ruínas... Vai saber, né?
Obrigada por ser a única pessoa que comenta no meu blog!
Te amo e vou fazer orkut de novo. Quero depoimentos seus =(
hahahah
Beijosteamoaté
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Bem-Me-Quer, Mal-Me-Quer